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domingo, 24 de janeiro de 2010

A caridade e o equilíbrio emocional como remédios para o sofrimento

Quem não se emocionou com a tragédia que assolou o Haiti nestas últimas semanas, que me desculpe, mas é necessário parar de olhar para o próprio umbigo. São milhares de mortos, feridos e órfãos, numa terra em que as crianças comem tortas de barro com manteiga e sal (quando há manteiga e sal...), para encherem seus estômagos. Sim, porque isso não é matar a fome, é só encher o estômago. De vermes, inclusive. Olha aí as fotos das tortas...


Minha mãe me ensinou a nunca subestimar o sofrimento. Nem o nosso, nem o dos outros. Não é porque tem gente passando fome que eu não posso querer uma comida gostosa, por exemplo. Não é banal querer ser feliz. Pelo contrário. Buscar a felicidade com nobreza faz parte de nossa evolução neste mundo. Mas ficar sofrendo é uma opção. "O pior sofrimento é o apego ao sofrimento." (Bel César) Às vezes é preciso parar de supervalorizar nossas dores, muitas vezes pequenas e contornáveis; parar de sentar na beirada do meio-fio para chorar, e levantar, fazer um mundo melhor. Roberto Shinyashiki, em seu livro "O Poder da Solução", explica que existem:
  • problemas imaginários: na minha opinião, a maioria;
  • problemas concretos: em que precisamos agir, e não ficar lamentando;
  • dramas reais: aqui cabe uma boa dose de aceitação, mas que não dispensa a ação.
A caridade é uma maneira de enxergar os outros e a nossa própria felicidade. Sempre tem alguém que precisa de comida, de uma roupa, de brinquedos. Tem gente do seu lado precisando de ajuda. Não precisa ficar pensando, comodamente em seu sofá: "Se eu morasse na França eu ia adotar uma criança dessa que ficou orfã no Haiti". Para, né! Do seu lado tem muitíssima gente precisando de você. Mas não dê somente o que te sobra. Tem gente que precisa dos seus ouvidos, do seu abraço, da sua voz, do seu tempo. E isso, quanto mais você dá, mais você tem. Faça isso e você se sentirá muito melhor.

E no meio de tudo que aconteceu no Haiti, uma cena me encantou: um menino que ficou quase oito dias soterrado e saiu sorrindo, dizendo: "Tarã!!!". De braços abertos para a vida! Não é um tapa na nossa cara?



"O que falta cega pro que já se tem."
(Os Paralamas do Sucesso)

4 comentários:

  1. Temos que abrir os braços para acolher o mundo e para agradecer a Deus pelas oportunidades que temos! A vida é muito preciosa! =) Bjos, Ju!

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  2. Ju, quando eu comecei a ler sua postagem eu pensei exatamente em falar sobre esse menininho e eis que vc finaliza a postagem falando dele. Eu chorei quando vi a cena, ele abrindo os braços e sorrindo, depois de uma semana sem água, sem comida e debaixo de destroços. É um exemplo de vida assim que nos faz refletir sobre o que julgamos ser "sofrimento", como vc mesma disse...

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  3. São gestos desta pureza que mos fazem pensar no que realmete somos, fazemos e queremos para nossas vidas. Tomara que muitas pessoas sejam tocadas e possam melhorar como seres humanos!

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  4. Ju, uma amiga da minha família nos disse um dia que ensinou à sua filha se ela quer adiquirir algo, precisa antes desfazer-se de algo também. Afinal, não precisamos de armários lotados, enquanto existem tantas pessoas necessitadas ao nosso redor. Desde que escutei isso, ponho em prática. É uma das infinitas maneiras de nos tornarmos seres humanos melhores. Beijo e parabén pelo vídeo, que nos arranca lágrimas.

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